O ZAP Carros avaliou com exclusividade o Hyundai ix35, utilitário esportivo que chegou ao Brasil na metade de 2010, mas já tem números de venda expressivos, com média de 1.200 unidades emplacadas por mês. No Brasil, o sucessor do Tucson irá conviver com o modelo lançado em 2004, pois o veículo ocupa a segunda posição no ranking de vendas, atrás apenas do Ford EcoSport.
O ix35 não herdou nada do Tucson, pontuando a fase atual da Hyundai, na qual a montadora passa a se posicionar com design próprio, apresentando seus diferentes modelos com o que a indústria costuma chamar de “identidade da marca”.
Com 4,41 metros de comprimento, o ix35 é 8,5 cm maior que o antecessor. O entreeixos é igual, mas o design do interior favorece o aproveitamento de espaço. O jeitão futurista da carroceria também se manifesta no formato do painel, sem perder a funcionalidade. Os plásticos ganharam textura agradável ao toque, indicando a maior atenção do fabricante à percepção de qualidade do consumidor.
No quadro de instrumentos, a iluminação azul claro no fundo dos relógios é de bom gosto e não cansa a vista à noite. Mas o volante poderia ter ajuste de profundidade. Assim como o Kia Sportage, só pode ser regulado em altura.
As saídas de ar estão bem posicionadas, bem como os comandos do rádio e sistema de ventilação. Na faixa dos R$ 100 mil, até existem outros produtos que oferecem mais luxo, inclusive dentro da linha Hyundai, mas o acabamento do ix35 mostra uma evolução substancial em relação ao Tucson.
Os bancos agora têm espuma de alta densidade e ganharam ainda mais conforto, mas poderiam ter abas laterais maiores para dar mais suporte ao corpo nas curvas.
Já que falei em curvas, vamos ir para a suspensão, um dos destaques do ix35. Apesar de estarmos falando de um SUV de 1.492 kg, a dirigibilidade é próxima a de um carro de passeio. Em nosso teste pela Serra da Cantareira, zona norte de São Paulo, as curvas fechadas da Estrada da Roseira, no meio da mata atlântica nativa, não representaram dificuldades. A carroceria não oscila como no Tucson, e o motor 2.0 16V mostra-se adequado ao peso do veículo.
Capaz de desenvolver 166 cavalos, o propulsor a gasolina de quatro cilindros mostra seu fôlego acima dos 3.500 giros, mas não exagera nos ruídos dentro da cabine, mérito do bom isolamento acústico. O câmbio de seis velocidades (no Tucson eram só quatro) colabora para manter o silêncio.
A versão avaliada tem air bags duplos, freios ABS, toca-discos com MP3 e rodas de 18 polegadas, controle eletrônico de estabilidade e bancos de couro. Os preços sugeridos partem de R$ 88.000 (câmbio manual), mas ultrapassam os R$ 115.000 (com transmissão automática e tração integral nas quatro rodas). Todas as versões disponíveis no Brasil vêm com o motor 2.0 16V.
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